Capítulo 164 - parte 3 de 4
Publicar em 22/06/2013
Betty e Michel chegam ao Almirante Padilha. Ao som de “se dejaba llevar” Michel pede por Betty um coquetel tropical (para relembrar o que viveram em Cartagena).
Armando chega ao restaurante, vê o carro de Betty estacionado do lado de fora, entra e começa a procurá-la, encontrando o casal no exato momento de um brinde que fazem pela possibilidade de mudança de vida que está sendo oferecida à Beatriz. Armando se aproxima, e os surpreende:
(5'45'')
A – Boas noites!
B – E você o que faz aqui, Dr?
A – Mas, não parem, por favor. Eu simplesmente vim cumprimentá-los.
Chega o garçon e pergunta a Armando?
G – Deseja ordenar algo?
B – [ao garçom] Não, o senhor não vai ordenar nada, obrigada.
A – [primeiro ao garçom, depois ao casal] Traga-me um uísque, por favor. Querem mais um coquetel?
B – Não, obrigada.
M – [ao garçom] Um uísque para o senhor. Obrigado.
A – [pega uma cadeira e se senta, sem ser convidado] Não penso em ocupar-lhes muito tempo. [primeiro para Beatriz] Sei que o senhor está lhe fazendo uma oferta de trabalho, Beatriz. [e depois para Michel] Sabe que nunca imaginei que, quando chegou à Ecomoda, vinha fazer uma proposta de trabalho à Beatriz?!, à presidente, para levá-la?, não, não imaginei!
B – Por favor, Dr. A decisão é minha!
M – Desculpe-me... desculpe-me, mas Betty me contou que pensa em retirar-se da Ecomoda, e me pareceu legítimo fazer-lhe essa oferta de trabalho. Em nenhum momento vim tentá-la para fazê-la se retirar da empresa!
A – Bem! Parece-me bem, parece-me legítimo. O problema é que a empresa não estava consciente das intenções da presidente de retirar-se!
B – Dr., o Sr. sabe que a minha passagem pela Ecomoda é transitória, e que se entre os dois temos chegado às metas que me havia proposto, depois disso eu estou em plena liberdade para ir aonde queira!
A - Claro que sim, Betty, está em plena liberdade! Eu simplesmente, perdoe me o incômodo, queria que escutasse a proposta que há na Ecomoda tem para que você fique. Isso também é legítimo, não é verdade? [riso]
Michel... Michel amigo meu, deixe-me dizer-lhe que Betty me sucedeu na presidência da Ecomoda, e sabe de uma coisa?, é a melhor presidente que tivemos em toda a vida!
E neste momento está tirando a empresa de grandes dívidas que incorremos por minha culpa. Estamos a ponto de chegar ao nível de endividamento zero! Ademais, acaba de lançar a melhor coleção que produziu esta empresa em muitíssimos anos!
E teve uma idéia genial, uma idéia brilhante, porque... deixe-me dizer-lhe, meu querido amigo, que Betty é brilhante!... para salvar os nossos pontos de venda!
Diga-me, com o coração na mão, na mão: você crê que eu sou capaz de deixar que uma mulher como essa se vá? [e ele mesmo responde, rindo] Não!
M – É claro que não. Mas, até onde eu tenho entendido, o êxito que ela tem tido como presidente não é tudo. Ela quer mudar de ambiente, quer mudar de vida.
A – Isso é perfeitamente compreensível. Creia-me, de verdade creia-me que eu entendo porque Beatriz quer mudar de vida, quer mudar de ambiente.
Dra Pinzon, eu sei que a Ecomoda não foi o que melhor lhe passou na vida, eu sei. De repente foi o mais horrível que lhe poderia ter passado!, e você não merecia! [e para Michel] Aí, mais tarde nos fomos dando conta de seu talento, de sua perseverança, de sua inteligência, e sobretudo desse ser maravilhoso que ela é por dentro.
Nos fomos descobrindo pouco a pouco, Michel, e pouco à pouco fomos nos apaixonando! Em que momento passou tudo isso eu não sei, mas, sim, sei que passou tarde, sabe?, quando já Betty tinha demasiados ressentimento por dentro, por todos os problemas e todas as coisas, mal entendidos que ocorreram e que... não tivemos tempo de aclarar, é verdade?
De toda maneira, seguimos acreditando nela. Seguimos acreditando no seu trabalho. Deixamos que nos levasse pelas mão e nos tirasse dos problemas tão terríveis que tínhamos.
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Perdoname, pero, desculpame.
Ainda não chegou a contraproposta de Armando, mas, em breve estará aqui.
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Desculpem. Demorei muito para postar esta parte da novela porque... simplesmente não entendi bem os diálogos! O meu vocabulário atual do espanhol não me permitiu fazer um trabalho melhor! Assim, se alguém constatar alguma inconsistência, alguma interpretação equivocada de minha parte... sinta-se à vontade para corrigir-me, pois a minha intenção é fazer esta narrativa a mais fiel possível com a novela original!
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Eu sei que a Ecomoda não é a melhor empresa. E, que fique registrado, é sim uma empresa repleta de defeitos. E quem sabe se... o maior defeito da Ecomoda... sou eu!.
Mas, Beatriz, em todo o caso que eu sei que você... teve muita dor lá dentro... temos causado coisas más... a você... e que nos olha com pesar mas, olha, eu quero que saiba uma coisa... quero que saiba que a amamos!!!
Os empregados, as secretárias, [que suspiro!!!!] a recepcionista, o mensageiro, e, é claro, eu!!
B – Não mais, por favor, Dr. Eu tenho que ir da Ecomoda e você o sabe.
A – [suspiro] Eu sei, mas eu também sei que... necessito... ou necessitamos, na Ecomoda, que nos dê outra oportunidade...
M – Dr Mendoza...
A – Sim?
M – Entendo a sua posição. Mas também creio entender a de Betty. E creio que o que ela necessita neste momento é oxigenar-se! Creio que uma mudança de ambiente, creio que a proximidade do mar, o direito de levar uma vida mais tranqüila e mais sossegada, é o que ela está necessitando.
A – Saúde! Saúde, Michel, saúde por Betty! Eu... sabe... sabe que eu também penso igual você? Ela necessita oxigenar-se, mudar de ambiente. Ademais... minha proposta frente a sua não tem competência, eu sei!
Imagine se... eu ia poder competir com... Pense!, o mar!!! ante os escuros cantos da Ecomoda!!! Um entardecer laranja!, frente o entardecer de... uma fábrica! Uma noite estrelada, com música maravilhosa!... com o aroma do mar!, de salitre!... contra [riso, envergonhado] um bar clandestino, de pouca monta, escuro e com música vulgar!
Eu não posso competir contra isso!, Michel. Mas... quero que saiba que a sua proposta parece maravilhosa para Betty, parece-me uma oferta justa! [e depois para Beatriz] Em todo caso, Dra Pinzon, eu simplesmente quero... que você me escute, e que pense no que vou dizer.
Eu sei, não posso oferecer-lhe... o paraíso!! [riso], estou tão longe disso! Que saiba que o que posso oferecer são... essas quatro paredes! que habitamos durante tanto tempo!
(musiquinha triste da Betty)
Se tem necessidade... de escutar como se rompem as ondas em frente ao mar?!, de ver como cai a lua no horizonte!... para viver o que vivemos!, Beatriz... para sentir o que sentimos agora!... nos bastou nada mais que uma lua de Bogotá! Esta fria lua!, que... é a lua que tem inspirado a tantos homens!, a tantos poetas! através do tempo!
E é o que queremos voltar a viver!, porque descobrimos que estava lá a vida!, latejando! Por isso eu não quero perder isso!, Beatriz!
B – Dr., por favor, não mais! Não quero falar disso, e menos aqui! Deixe-me em paz, eu lhe tenho pedido mil vezes!
A – Bem... eu não queria estragar-lhes a noite, o que mais faltava?! Só queria que me desse uma oportunidade mais. Assim, que os deixo e... Ah, com licença, com licença!
Armando se afasta, mas Betty se desespera. Faz menção de deixar a mesa:
B – Não, não irá! Não irá! É melhor que nós nos vamos já...
Michel a segura, impedindo-a de sair:
M – Não, não, não, não, não. Acalme-se, acalme-se, porque eu penso que nós temos que falar! Não vamos sair daqui!
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A – Barman!
B – Senhor.
A – Um uísque duplo.
Desesperado, um mantra extravasa do fundo da alma de Armando:
A – [para si mesmo] Não posso perdê-la!... Não posso perdê-la, não posso perdê-la, não posso perdê-la, não posso perdê-la, não posso perdê-la!... Não posso perdê-la!... [profundo suspiro!] Não posso perdê-la! [sim!, oito vezes!]
Neste momento Armando vê alguém no bar, e tem uma idéia!
A – Barman! Esse não é Ricardo Montaner, o cantor?!
B – Sim senhor, veio ouvir uns músicos que tocam aqui.
A – Ah, obrigado.
B – Sim senhor
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M – Betty, eu creio que não vai poder ir-se em paz até que não deixes aclarar sua situação com ele!
B – Eu não tenho nada que aclarar-lhe. Meu ciclo com a Ecomoda está terminando e eu tenho toda a liberdade e todo o direito de tornar meu caminho. Assim, que não venha com proposta de última hora. Michel, peço que nos vamos, sim?, por favor!
M – Ah, já, já, não mais! Por favor, não trate de ocultar-me, já! Passou algo com ele! Passou algo muito grande, muito forte! E o que creio que você iria a Cartagena fugindo dele, fugindo do que sente!
B – O que passou entre ele e eu é passado e não é nada agradável. É uma história horrível que não vale a pena contar e eu não tenho que render contas a ele e nem escutá-lo mais!
M – Não é passado! É presente! É teu presente e o presente dele! E o que sinto é que aqui... aqui há uma situação inconclusa... para que isso possa se chamar... passado!
O que sinto é que este tipo quer falar com você, e se não puder falar com você hoje vai falar amanhã, ou depois de amanhã! Ele te vai seguir.
E o que sinto, também, é que se você deixar esta situação assim... não vai poder ir-se em paz da Ecomoda ou de Bogotá, não poderá sentir-se em paz em nenhuma parte!
Betty, eu... eu não quero levar uma Betty que deixa um coração em Bogotá! Não! Quero levar-me uma Betty completa e em paz!
Penso que isso vai levar tempo... para recuperar-se... mas eu sei que conseguirá! E eu te vou ajudar!
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A – Boas noites! O Sr. é Ricardo Montaner?
R – Como está?
A – Bem, obrigado.
R – Alegro-me.
A – Quero pedir-lhe um favor!
R – Favor?!
A – Sim, um favor muito grande, eu sei, mas... vê aquela moça que está com um um francês, loiro alto?
R – Sim, sim.
A – Desculpe-me, eu queria que você lhe dedicasse uma canção de minha parte!
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